Encadeamento do Apego
Quem nunca foi bastante apegado a alguma coisa em sua vida? Quem pode dizer o que é certo ou errado nesse assunto? O que fazer ou desfazer? Qual a linha tênue entre vínculo, apego e reais conexões? Trago esse assunto como ser humano por ainda me perder e me apegar em algumas doutrinas de gerações passadas, atuais e futuras. Há uma dificuldade em desapegar. E o aprendizado sobre o desapego vai sendo de um certo modo durante o tempo.
Infelizmente todos, e não estou generalizando, os seres humanos são apegados, material ou espiritualmente! Haverá sempre algo em que nos apegamos e dificultamos em desapegar por tentar nos humanizar. Sim, caro ermitão do apego, você não existe no famoso “do contra”. Todos nós estamos suscetíveis a nos apegar a algo. E isso não é de todo ruim. Depende de um equilíbrio.
Pois bem, se apegar é criar diariamente conexões e vínculos com aquilo que mais se assemelha conosco ou nos faz bem. O bem que descrevo é aquilo que nos traz mais para perto do nosso EU ideal. Ok, Ok, isso não existe pequeno (a) gafanhoto. Mas os nossos vínculos são baseados em expectativas reais e irreais. Quando às irreais sobrepassam e sobrepesam as reais isso nos gera angústia. Há de haver uma atenção maior neste caso.
A procura do apego irreal, por não saber o que é realmente, nos afeta bastante. Inclusive nos afeta desde a infância. Sim, a falta de entendimento do seu apego onde tudo se torna defeituoso pode estar relacionado as experiências da sua infância. O psicólogo John Bowlby exemplifica que a necessidade dos relacionamentos é pertinente ao que precisamos ou demonstramos. Os seres humanos, por seus instintos, se aproximam de outras pessoas para que elas sejam úteis para nós. Ou seja, se apegar faz bem. O problema é saber o que você quer, sempre!
Pois bem, meu caro leitor (a), se você já tem dificuldade em decidir coisas fúteis, imagine saber o que pedir do outro, um poço de incerteza. A incessante procura de uma conexão desequilibrada é que propaga a falta de apego entre os seres humanos. A famosa dúvida: “o que faltou?”
A perfeita conexão é quando uma pessoa que precisa de apoio tem na outra alguém disposto a ajudar. Mas aí é demais, acredito eu, atualmente, achar pessoas não tão rasas. Quase todos têm aquela vontade de usufruir do apego pessoal e alheio, gerando um egoísmo hedonista e narcisista. Pelo prazer próprio onde só um que reflete, tornando as experiências fortuitas e breves.
O simples fato de tentar entender o que se procura em todos os tipos de relação gera uma vontade aprender. O aprendizado libera informações que irão ajudar a você e a todos (mais você até porque você precisa). No aprendizado vamos nos moldando e saindo da dependência do que foi aquele molde infantil. Desde criança temos que aprender coisas novas, a andar com nossas próprias pernas. Basta aprender a viver com nosso próprio apego. E, não tenha medo. Estamos nessa juntos, aprendendo e crescendo.
